Após atingir o índice alarmante de 10,76%, referente a infestação do
mosquito Aedes aegypti, Campo Mourão acaba de registrar o primeiro caso
de Chikungunya. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (29), pela
imprensa oficial do município.
Segundo informações, o paciente infectado é um homem de 49 anos. “Ele
apresentou os primeiros sintomas em 15 de fevereiro e ficou 10 dias
hospitalizado. Já está trabalhando normalmente e ninguém da família está
doente. O resultado positivo foi constatado em laboratório particular e
confirmado pelo Laboratório Central do Estado do Paraná”, informou.
Conforme o município, a secretaria de Saúde já adotou as ações de acordo
com os protocolos exigidos para o caso. Além deste caso Chikungunya, o
município tem ainda sete casos confirmados de dengue. O Aedes é
transmissor também da dengue, Zika vírus e febre amarela urbana.
A coordenadora dos trabalhos de campo dos agentes de endemia de
Campo Mourão, Marinalva Ferreira da Luz, diz que o índice geral de
infestação do Aedes aegypti “é assustador”. Para se ter ideia, o Ministério
da Saúde, preconiza um índice abaixo de 1%.
O índice deixa Campo Mourão em alto risco de epidemia de dengue. “Nem
na época de epidemia, no ano passado, o índice estava tão alto desta
forma. Isso é retrato da quantidade de chuvas dos últimos dias e,
principalmente, da indiferença quanto ao assunto por parte da população”,
falou Marinalva. Vamos aprofundar com aplicação de multas, pois estamos percebendo que
muita gente está tratando o assunto com descaso”, lamentou Marinalva.
As localidades em situação mais críticas, com índice de infestação mais
alto, são: Indianápolis (25%); Novo Horizonte (25%); jardim Paulino (Europa,
parque Industrial), 23,08%; São Francisco, (20,69%); Ipê (Damasco,
Fernandes), 20,51%; e Alvorada (Bandeirantes, Piacentini, Primavera), 20%.
Foram visitados 1.765 imóveis. Destes, em 61% foram encontrados focos
do mosquito, ou seja, larvas; 12,7% em comércios; 24,94% em terrenos
baldios; e 1,99% em outros locais, como praças ou construções.
A maior parte dos criadouros, 48,80% foi encontrada em lixos (plásticos,
vidros, metais, papelão, sucatas e reciclados); 25% em tambores, tanques e
caixas d‘água; 17,17% em vasos de plantas,frascos, entre outros; 12,03%
em piscinas, vasos sanitários, depósitos em obras; e 3% em pneus, entre
outros. O levantamento foi divulgado pela Vigilância Epidemiológica na
última semana.
Fonte: Tribuna do Interior
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